[SEM SPOILERS] A jornada inesperada de 11 anos indo ao cinema acompanhar as aventuras de Homem de Ferro e companhia chegou ao fim. Vingadores – Ultimato é uma carta de amor aos fãs que pacientemente (ou não) esperaram a conclusão de uma saga que foi se desenhando e crescendo com o passar de cada longa. Marvel entrega uma obra que assume sua identidade, aprende com os erros e amadurece na nossa frente.
Quando assisti ao longínquo primeiro Homem de Ferro, uma chama se acendeu dentro de mim, mas nem nos meus mais remotos sonhos imaginei chegar a esse ponto. Eu sempre acompanhei filmes de super-heróis com os vários Homem-Aranha, a incrível trilogia Batman, e até o questionável Quarteto Fantástico (eu tenho muito carinho por ele haha), então julguei a aventura de Tony Stark como mais um longa aí para assistirmos e fim – eu e praticamente todo mundo, porém, para a surpresa de todos, aquilo se transformou num império – e o fim chegou uma década depois, com um arco irretocável e uma carga dramática inimaginável.
We are in the endgame now
A Marvel transformou o cinema e conseguiu transpor os quadrinhos para as telas da maneira mais fiel até então vista. Os filmes funcionam sozinhos para aqueles que não os acompanham fielmente, mas também são peça fundamentais para um quebra cabeça minuciosamente construído. MCU – Marvel Cinematic Universe, esse é o legado construído pelo estúdio que desafiou as regras da indústria e fez mais que apenas filmes de super-heróis, fez uma saga completa com personagens mil. Ultimato chega e mostra que, desde o começo, eles sabiam onde queriam chegar e o que precisavam fazer – e mesmo que esse plano tenha sido extrapolado e ampliado, todos nós vimos o inevitável fim chegando.
É o final épico que todos nós, fãs assíduos desse universo, queríamos e esperávamos. São as três horas mais imersivas que vivi no cinema, e o tom de despedida e nostalgia que acompanha o filme só fez meu coração ficar quentinho e apertado ao mesmo tempo. O longa não é apenas uma chuva de auto referência, mas uma visita a todos esses anos, um olhar carinhoso que me levou ao êxtase. Nada nessa obra prima é gratuito, não são apenas fanservices, eles conseguiram criar uma narrativa para transformar esses momentos fortes em algo grande e descontraído. Isso mostra o quão prontos, afiados e maduros estavam para o fatídico final. Não é da noite para o dia que se constrói um filme desses, são anos e mais anos de planejamento para acabarem com nosso coração.
O filme assume a identidade do MCU e mantém o seu tom brincalhão que, muitas vezes, foi alvo de críticas. Sim, eu continuo achando que comentem uns excessos, chegando ao ponto de cortar climas dramáticos importantes, mas isso é quem são e, tenho certeza, que quando desenvolveram o roteiro, sabiam exatamente o que queriam – nós contamos muitas piadas, seguiremos assim, algumas excelentes, outras nem tanto hehe. E, apesar de também manter a direção padrão e normal, esse filme se destaca levemente, com planos mais interessantes e uma belíssima fotografia.
Enquanto Guerra Infinita foi sobre Thanos, esse é sobre os Avengers, em especial Tony Stark e Steve Rogers. O filme faz um trabalho impecável e, nos primeiros 20 minutos, já quebrou todas as expectativas! Como a conclusão de uma saga de 21 filmes, ela foca nos personagens que conhecemos nesse percurso, nas suas personalidades, e mostra que até as cenas que, lá trás, julgamos desimportantes, tem um peso agora. O nosso grupo original é incansavelmente homenageado, encerrando um arco que foi sabiamente construído, a cada capítulo, a cada cena! Mais do que seus arcos individuais, esse e um filme sobre os relacionamentos que foram construído e rompidos, é a interação da nossa equipe favorita! E, dessa forma, o choro levemente compulsivo ao final se tornou inevitável!!
I’m Iron Man
A Marvel encerrou a saga Infinita em seu ÁPICE! Uma escolha sabia que, se o MCU resolvesse encerrar suas atividades aqui, acabaria por cima, deixando um legado irretocável (ou quase) – mas sabemos que vamos começar outra saga haha. No entanto, Ultimato é perfeito e quem discorda infelizmente está errado. Na posição de amante intensa, Marvel conseguiu atender a uma expectativa que não tinha tamanho dentro de mim, e, apesar do filme funcionar para todos (porque eles fazem questão), para quem pegou esse universo no colo e o viu crescer, é transcendental! Obrigada, irmãos Russo, vocês foram sensacionais!
Quem me conhece sabe que, constantemente, bati na tecla do Girl Power. Aos pouquinhos, lentamente, quase parando, começaram a entregar mais personagens mulheres, mais cenas, mais importância além de interesse romântico vítima de vilões. Em Ultimato, o que vejo é que temos planos grandes para o futuro no que tange esse tema. Em uma cena, que acredito piamente ter sido feita sob encomenda pra mim, eles dizem “Thais, te ouvimos, estamos planejando coisas incríveis, confia” HAHA. Se não entregarem, estarei aqui para criticar. Ah, e o lance da Capitã Marvel Deus Ex Machina, relaxa, não aconteceu! Apesar do foco ainda nos machos padrão, que eu amo porque a Marvel me obrigou, nos despedimos deles e iniciamos uma nova era.
Falei um monte e não falei nada, né, pessoal? Bem, beira o impossível falar desse filme sem citar spoilers. O trailer mal contém cenas do longa em si e, as que contém, 90% acontecem nos primeiros 10 minutos haha. O filme não é nada do que estávamos especulando, eles conseguiram surpreender, brincar, emocionar, e, apesar de ter pequenos detalhes do meu desagrado, eu não mudaria nada. Eu vibrei, gritei, chorei, e não podia acreditar que aquele era o capítulo final de uma saga que começou em cenas pós créditos! (outra novidade muito bem desenvolvida pela casa dos herois). Marvel, você mudou o cinema, criou um império, um novo gênero, e nessa jornada me permitiu conhecer mais de mim mesma, me apresentou a um universo que mudou o percurso da minha vida!
Tudo que posso fazer é agradecer! Nada disso seria possível sem Robert Downey Jr dando vida a um herói que eu nunca tinha ouvido falar, que não tem nada a ver comigo, mas que é dono do meu coração e uma presença constante na minha família, que, carinhosamente, apelidamos de Toninho. Chris Evans, eu te amava como Tochinha, mas o Capitão América é seu, assim como o mundo porque você é perfeito! Obrigada por protagonizar os melhores filmes “solos” do universo, e por tudo em Ultimato porque o que gritei por você não está escrito. E todos os amores da minha vida Gavião Arqueiro e Viúva Negra que não possuem filme solo, mas mereciam, pois, eu sou muito fangirl deles haha. Thor e Hulk, esperava mais, infelizmente essa é a verdade haha. Além do nosso Avengers inicial, personagens que não esperava também tiveram um arco super legal e bem desenvolvido!
É isso, a pior crítica do blog, pois é um texto só exaltando uma jornada que percorri por 11 anos haha. É difícil dizer adeus, mas toda jornada chega ao fim, que é tão importante quanto o começo. Fico muito feliz, satisfeita e aliviada que a conclusão de tudo isso tenha sido incrível e acontecido em seu ápice. Valeu a pena cada surto com anúncios, trailers e afins. Sinceramente, eu vivi para ver aquela batalha! Eu, definitivamente, não estava pronta para esse filme, e acredito que poucos estão para o show de roteiro que ele nos apresenta. Uma verdadeira homenagem aos fãs, na carta de amor mais linda que já recebi do cinema!
Eu cresci com esses filmes, eles me moldaram, se tornaram uma referência e quase um costume na minha vida, não é apenas uma saga cinematográfica que se encerra, mas também um ciclo da minha própria vida. Amadureci junto com meus heróis favoritos, que se tornaram meus amigos (muito nerd, fala sério). Muito difícil para mim falar a respeito, porque é algo muito pessoal, muito meu, que guardo no coração e abaixo minhas defesas diante de cada filme da Marvel. Agora me resta comprar o box com 22 filmes e aguardar a próxima saga que será apresentada para nós (já ansiosa haha).
Avengers, assemble!
Uma resposta para “Vingadores Ultimato é o final que merecíamos”
[…] do universo e tem uma carga emocional para mim que não cabe em uma simples lista de TOP 5 haha. Aqui eu conto mais sobre essa […]
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